Separadas apenas pela Terceira Ponte, as cidades-irmãs de Vitória e Vila Velha formam a Grande Espírito Santo com sua paisagens, praias, história e muita gastronomia. Em uma viagem recente, os exploramos os encantos deste destino que surpreende pela perfeita harmonia entre história, cultura e praias urbanas. Longe de ser apenas a capital da moqueca, Vitória e Vila Velha oferecem atrações que justificam uma viagem pelas terras capixabas . Este guia mostra como montar um roteiro em Vitória e Vila Velha que cobre desde a subida ao Convento da Penha até o segredo das panelas de barro, provando por que este canto do Sudeste merece sua atenção.

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ToggleQUIZ RÁPIDO: Você sabe o que torna a Moqueca Capixaba única?
Antes de mergulharmos no roteiro, um teste de paladar: se você pedir uma moqueca no Espírito Santo, o que é garantido que ela NÃO terá? Muitos viajantes confundem as receitas, mas a culinária capixaba tem uma identidade forte, defendida com orgulho pelos locais. Essa diferença é o que define a alma da gastronomia local. (A resposta revelamos antes das perguntas frequentes!)
Nosso Roteiro Detalhado por Vitória e Vila Velha

Para otimizar sua viagem, o ideal é dividir o roteiro por cidades, mesmo que a proximidade entre elas seja de minutos. A logística é começar pela parte histórica em Vila Velha e depois usar Vitória como base de hospedagem e exploração gastronômica.
Dia 1: Vila Velha, Fé, História e Praia
Comece o roteiro pelo município mais antigo do estado. Vila Velha, ou “canela-verde” para os íntimos, abriga o principal cartão-postal capixaba.
Manhã: Convento da Penha O dia começa com o ponto alto, literalmente. O Convento da Penha está cravado no topo de um penhasco de 154 metros. A subida pode ser feita a pé (para os mais dispostos) ou com as vans oficiais. Lá de cima, a vista 360° é de tirar o fôlego, permitindo ver toda Vila Velha, a baía, a Terceira Ponte e a capital Vitória ao fundo. A igreja, construída no século XVI, é um centro de peregrinação e história.
Tarde: Prainha e Orla da Praia da Costa Após a visita ao convento, desça até a Prainha, onde a cidade começou. De lá, siga para a principal praia urbana: a Praia da Costa. Com um calçadão largo e bem estruturado, é o local perfeito para uma caminhada, um mergulho em águas calmas ou para relaxar na areia. A infraestrutura de quiosques é excelente para um almoço leve ou uma água de coco.
Noite: Polo Gastronômico Vila Velha também possui polos gastronômicos vibrantes, especialmente nos arredores da Praia da Costa e da Praia de Itapuã.
Dica de Compra
A mala de bordo leve que surpreende no espaço
Para quem viaja, a mala é uma ferramenta. E, como toda ferramenta, ela não pode falhar em sua viagem. Se você já passou pela situação de uma rodinha travar no meio da fila do embarque ou sofrer com o peso da mala antes mesmo de colocar suas roupas, você entende a importância de uma bagagem confiável.
- Com Expansor
- Cadeado TSA integrado
- Sistema de 8 rodas giratórias
Dia 2: Vitória, Mergulho na Cultura e Gastronomia

Cruzando a imponente Terceira Ponte (prepare-se para a vista!), chegamos à ilha de Vitória. A capital é moderna, mas guarda tradições profundas.
Manhã: O Berço da Moqueca em Goiabeiras Este é um passeio essencial para entender a alma capixaba. Como mostrado no vídeo, o bairro de Goiabeiras abriga a Associação das Paneleiras. É aqui que, há gerações, mulheres produzem artesanalmente, com argila local e técnicas indígenas, as famosas panelas de barro. É nessas panelas que a verdadeira moqueca é feita. Você pode comprar panelas direto da fonte e observar o ofício, que é tombado como Patrimônio Imaterial pelo IPHAN.
Tarde: Onde comer a Autêntica Moqueca Capixaba? Agora que você conhece a panela, precisa provar o que vem dentro. A regra de ouro da moqueca capixaba é: “é peixe, urucum (que dá a cor), tomate, cebola, coentro e azeite”. Não leva dendê e não leva leite de coco. A região da Curva da Jurema ou o bairro de Jardim da Penha são famosos pelos restaurantes tradicionais que servem o prato, sempre acompanhado de arroz e pirão (feito do próprio caldo do peixe).
Noite: Triângulo das Bermudas Se busca agito, o “Triângulo das Bermudas”, na Praia do Canto, é o epicentro da vida noturna de Vitória. A área concentra dezenas de bares, restaurantes e casas noturnas para todos os gostos.
Dia 3: Vitória, Praias Urbanas e Pôr do Sol
Manhã: Curva da Jurema A Curva da Jurema é a praia urbana mais charmosa de Vitória. Por ter águas muito calmas (é uma enseada), é ideal para famílias e para a prática de esportes como o stand-up paddle. Os quiosques na orla são bem estruturados, servindo petiscos e pratos completos.
Tarde: Onde se hospedar? Embora as duas cidades tenham ótimas opções, Vitória costuma levar vantagem na infraestrutura hoteleira. Bairros como Praia do Canto e Jardim da Penha são centrais. Para uma experiência mais exclusiva, a Ilha do Boi, onde a equipe do vídeo se hospedou, oferece hotéis de alto padrão e praias mais reservadas.
Fim de Tarde: Pôr do Sol na Praça dos Namorados Termine o dia no calçadão da Praça dos Namorados ou na vizinha Praça do Papa. A vista para a baía, com o Convento da Penha ao fundo, proporciona um pôr do sol espetacular para fechar o roteiro.
Resposta do QUIZ: A Alma da Moqueca Capixaba
Lembra da nossa pergunta? O que a moqueca capixaba NUNCA leva são óleo de dendê e leite de coco! Esses ingredientes são a base da moqueca baiana, de forte influência africana. A capixaba, por sua vez, tem raízes na culinária indígena e pesqueira local, valorizando a leveza e o sabor puro do peixe, temperado apenas com urucum, cebola, tomate e coentro. E, claro, tem que ser feita na panela de barro de Goiabeiras.
O que saber antes de ir: Logística, Clima e o Povo Capixaba
Para quem já está planejando a logística da viagem, um ponto positivo: o Aeroporto de Vitória (VIX) está localizado na região central da capital, facilitando o deslocamento, e possui uma malha aérea diversificada que liga o Espírito Santo ao restante do Brasil. Ao arrumar a mala, considere o clima: o estado tem um clima tropical úmido, com médias anuais muito agradáveis, variando entre 22°C e 24°C. O detalhe fica para as chuvas, que se concentram mais no verão, podendo ultrapassar os 1.400 mm anuais. E, ao desembarcar, você será recebido pelos “capixabas” – nome carinhoso dado a quem nasce no estado, também conhecido formalmente como espírito-santense.
Perguntas Frequentes sobre Vitória e Vila Velha
1. Quantos dias são necessários para conhecer Vitória e Vila Velha? Um roteiro de 3 a 4 dias é o ideal para cobrir os principais pontos turísticos das duas cidades com tranquilidade, como o Convento da Penha, as paneleiras e as principais praias.
2. Onde é melhor se hospedar: Vitória ou Vila Velha? Vitória, por ser a capital e uma ilha central, oferece uma rede hoteleira mais ampla e uma vida noturna mais concentrada (Praia do Canto, Ilha do Boi). Vila Velha (Praia da Costa) é excelente para quem prioriza ficar o mais perto possível da praia.
3. É fácil ir de Vitória para Vila Velha? Sim, muito fácil. A Terceira Ponte conecta as duas cidades em um trajeto que leva de 10 a 20 minutos de carro ou aplicativo (fora dos horários de pico).
4. Qual a melhor época para visitar o Espírito Santo? A melhor época vai de abril a setembro, quando chove menos. O inverno (junho a agosto) é seco e agradável, ideal para os passeios. Evite o verão se não gosta de calor intenso e chuvas de fim de tarde (novembro a fevereiro).
5. O que significa “canela-verde”? “Canela-verde” é o apelido dado a quem nasce em Vila Velha. Quem nasce na capital, Vitória, é “capixaba da gema”.
O Espírito Santo surpreende e Muito!
Como os viajantes um roteiro por Vitória e Vila Velha é a prova de que o Brasil tem destinos incríveis e completos, muitas vezes fora do radar principal. As duas cidades entregam uma viagem que equilibra perfeitamente história (no Convento e na Prainha), cultura (nas panelas de barro) e uma gastronomia única e autêntica. O Espírito Santo não é só uma ponte entre Rio e Bahia; é um destino que merece ser o protagonista da sua próxima viagem.
E você, já está arrumando as malas para provar a verdadeira moqueca capixaba? Conte-nos nos comentários qual atração você mais gostaria de conhecer!
Sobre Luiz Carlos Jr
Luiz Carlos Jr é editor da Revista Vertical Plus há mais de seis anos e apaixonado por explorar o mundo, criando conteúdos sobre destinos turísticos, experiências culturais e dicas de viagem para leitores que buscam viajar mais, melhor e mais barato. Formado em Matemática, combina precisão e planejamento para mostrar como viajar pode ser seguro e acessível. Para ele, cada viagem é uma oportunidade de viver melhor e ampliar horizontes — e um ótimo lugar para investir seu dinheiro.



